(Español)
El pasado jueves 9 de junio, en el marco de desarrollo de la cumbre de las Américas, que se celebra en la ciudad de Los Ángeles, los gobiernos de Uruguay y Brasil representados por sus ministros de relaciones exteriores Francisco Bustillo y Carlos França han logrado consolidar grandes avances en lo que respecta a las relaciones comerciales bilaterales que mantienen ambos países y lo que respecta al MERCOSUR.
Esto se lleva a cabo mediante la celebración de un acuerdo entre ambas naciones donde se consolidan varios puntos sensibles de la relación comercial entre ambos y lo relacionado con el bloque económico. Uno de los principales puntos acordados es el comprometimiento del Uruguay a apoyar y adherirse a la tan solicitada baja del Arancel Externo Común para las importaciones de los países que componen el MERCOSUR, cuestión que hace tiempo viene planteando Brasil, buscando bajar sus niveles de inflación y amortizar los perjuicios económicos padecidos por la pandemia y la guerra en Ucrania.
Con esta posible reducción, la cual deberá ser tratada entre los países parte, del bloque se estima que el arancel aduanero a las importaciones de países no pertenecientes al Mercosur debería disminuir un 20%.
Ambos mandatarios reconocen que el Arancel Externo Común del Mercosur no está favoreciendo las necesidades actuales de los países integrantes del mismo y que al reducirlo podrían favorecer y generar una mejor competencia entre los mismos.
Por otro lado, ambos países acordaron las condiciones para que las mercaderías industriales producidas en zonas francas de ambos países accedan de forma preferencial al país vecino, lo cual implica que los productos acceden a los mercados de cada país con 0% de arancel. Dicho acuerdo se da por tiempo ilimitado, a diferencia del régimen anterior, donde el mismo debía ser renovado año a año, además de abarcar la totalidad de las zonas francas de cada país, quedando excluidos únicamente los sectores automotrices y azucareros.
Este tipo de acuerdo genera grandes oportunidades a aquellas inversiones binacionales que combinen la producción en zonas francas uruguayas con la posibilidad de insertar dichos productos en el mercado brasileño. -
Además, Uruguay habilito la importación del producto Yerba Mate de producción brasileña aun cuando los niveles del elemento químico cadmio del producto alcancen el límite máximo impuesto por las normas sanitarias a nivel de Mercosur. Se puede considerar que este hecho es de suma importancia para Brasil, ya que el Uruguay es el principal importador de este producto en la industria Brasileña, representando el 60% de las importaciones de dicho rubro.
Por último, pero no menos importante, ambos mandatarios entienden la necesidad de un proceso de modernización y flexibilización de las políticas de negociación del bloque económico para que puedan responder a la actual situación de sus integrantes. Para esto Brasil se comprometió a trabajar sobre la agenda externa del bloque y tratar las flexibilidades en las negociaciones que requieren las posibles acuerdos con países que no forman parte del Mercosur.-
(Portugues)
Na última quinta-feira, 9 de junho, em meio a celebração da Cúpula das Américas, que teve lugar na cidade de Los Angeles, os governos do Uruguai e do Brasil, representados por seus Ministros de Relações exteriores Francisco Bustillo e Carlos França, conseguiram alcançar grandes avanços no que diz respeito à relações comerciais bilaterais entre os dois países e com relação ao Mercosul.
Isso é consolidado por meio da celebração de um acordo entre as duas nações onde se estabelecem vários pontos sensíveis da relação comercial entre os dois países e as que tem relação com bloco económico. Um dos principais pontos selados é o compromisso do Uruguai em apoiar e aderir à tão solicitada redução da Tarifa Externa Comum para as importações dos países que compõem o MERCOSUL, questão que o Brasil vem reclamando há algum tempo, buscando melhorar os níveis de inflação e amortizar os danos económicos sofridos pela pandemia e pela guerra na Ucrânia.
Com essa possível redução, que terá que ser discutida entre os países membros do bloco, estima-se que a tarifa aduaneira sobre as importações de países não pertencentes ao Mercosul deva diminuir em media um 20%.
Os Ministros reconhecem que a Tarifa Externa Comum do Mercosul não está favorecendo as necessidades atuais de seus países membros e que ao reduzi-la poderiam favorecer e contribuir para aumentar os níveis de competitividade entre eles.
Por outro lado, os países acordaram as condições para que os bens industriais produzidos nas zonas francas de ambos os países tenham acesso preferencial ao país vizinho, o que implica que os produtos possam acessar aos mercados de cada país com uma tarifa de 0%. Este acordo e concedido por tempo ilimitado, ao contrário do regime anterior, onde tinha que ser renovado ano após ano, além de estar comprendido por todas as zonas francas de cada país, excluindo apenas os setores automotivo e da industria do açúcar.
Esse tipo de acordo gera grandes oportunidades para os investimentos binacionais que combinam a produção em zonas francas uruguaias com a possibilidade de inserção desses produtos no mercado brasileiro.-
Além disso, o Uruguai autorizou a importação da erva-mate produzida no Brasil mesmo quando os teores do elemento químico cádmio no produto atingem o limite máximo imposto pela regulamentação sanitária no âmbito do Mercosul. Pode-se considerar que este fato é de grande importância para o Brasil, visto que o Uruguai é o principal importador deste produto na indústria brasileira, representando 60% das importações do referido item.
Por último, mas não menos importante, ambos países entendem a necessidade de um processo de modernização e flexibilização das políticas de negociação do bloco econômico para que possam responder à situação atual de seus membros. Para isso, o Brasil se comprometeu a trabalhar sobre a agenda externa do bloco e discutir as flexibilidades nas negociações exigidas por eventuais acordos com países que não fazem parte do Mercosul
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